sexta-feira, 12 de outubro de 2007

MEMÓRIAS DE UM POETA

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Hoje eu não consigo chorar nem rir
Não, não há vento que me tome a face
E que consiga cavar-me alguma emoção
Eu morri, morreu dentro de mim os versos,
Calaram-se, sepultaram-se, divorciaram-se de mim.
Não existe no meu peito nada que o preencha
Nem força maior que o faça bater
Estou vivendo, se assim pode se chamar,
A apatia dos dias d'um poeta sem versos
A poesia morreu dentro de mim.
E por consequência me fez morrer também
Dias sem cor, sem calor, dias sem caneta e papel
Aqui jaz um poeta seco
E que sua alma reviva no céu.

Diva Brito
14/03/2007