Olhe pra mim sem brincar de PARE!
Olhe e esprema a sua curiosidade até o fim.
Repare nas esquinas do meu corpo,
Na inconstância de minhas mãos levadas aos cabelos,
que por fim se enroscam nas mãos.
Olhe por cima, se achar que deve,
pra se habituar com a expressão
da cadência dos meus passos, leves, ou firmes
para olhando delinear o resto todo de mim,
repulsar, aceitar, desejar. Olhe, pense, se indague.
E pergunte pra si mesmo se ainda lhe resta algo a descobrir.
Olhe. E quando achar que já olhou o suficiente,
daí olhe mais de perto, olhe frente a frente,
olhe para a frente, olhe dentro de mim.

Diva Brito
22/08/2007

Coração agitado, nas mãos.
Um pulo, um salto, uma palpitação...
Talvez que o que me acelere
Leva o nome de paixão.

Mas se ela fugir de seus olhos,
Se ela fugir de seus braços,
Mas se de ti fizer pouco caso,
Se encenar a cada segundo
uma nova cara, uma outra invenção
Não perca tempo, não se iluda
Já estarás preso em seu mundo
No tal país das falas manhosas,
De doçura camuflada com birra
Aline se esconde e com isso vira
Um ponto de exclamação pra quem a encontre.

Diva Brito
2007