Não existem mais devaneios,
Suspiros, nem olhar inebriado
Há uma lucidez aterrorizante.
Não se vê mais o brilho,
Não se sente mais o arrepio
E até mesmo o sol não mais ilumina.
É tudo fosco, opaco.
E há uma ciência seca das coisas,
Que injeta o metódico dia-a-dia
Por todos os buracos do corpo.
Quanto tempo leva mesmo pra poesia abandonar as almas?
Quanto tempo leva pras paixões abandonarem os corações?
Ah...Pobre do romantismo e do lírica fidelidade aos ideais,
que sobrevive aos trancos e barrancos graças aos últimos sonhadores.
Diva Brito
11/03/2008
Carta à intermitência da solidão
Há 3 anos
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