
O pôr-do-sol galante se prosta pontualmente, enfeitado de amarelo ouro, sutilmente convidativo, esperando pela revoada de ar libertário que cruza em frente a minha janela e nem dá bola pra mim ou pro sol? Revoada exibida, esnobando a nós dois que se piscamos por um segundo, perdemos o ângulo para a fotografia ocular.
Deve ser assim que os antigos marcavam o tempo. Porque a natureza é disciplinada, não se atrasa como nós.
Porque será que o amor não volta a galope pra não se atrasar pro espetáculo que vejo todo fim de tarde?